Em tempos de luta, suor e lágrimas, é que surgem os mártires.
Se não houvessem doenças, jamais haveriam curas…
No meio de uma pandemia e em plena quarentena causada pelo Coronavírus, recebi a seguinte mensagem no Insta: “cóe Pooh, já divulgou seu som novo lá na Hórus?”
Mano, ele falou com uma naturalidade assim que sei lá tá ligado, foi digna de me deixar um pouco assustado, sério. Eu tentei ser natural como ele, mas não rolou, e foi com toda a humildade do mundo que respondi: “Que Hórus irmão? Como assim?”
(Clique aqui para conferir o Twitter da Hórus)
Abri o Twitter com o link que ele havia me enviado e o passo-a-passo tava super simples. Eu devia curtir e retweetar as postagens de artistas até então, por mim desconhecidos, para que eles fizessem exatamente o mesmo com minhas músicas. Para isso, não haveriam maiores complicações. Fiz o processo de forma extremamente rápida e foi exatamente o que aconteceu, a equipe da Hórus compartilhou o meu link e “Plum”, foram mais de 12 retweets.
Leu? 12.
E se você é um artista independente como eu, sabe o quanto é difícil receber 12 retweets com um Twitter lotado de pessoas que fazem sucesso falando sobre “pastas de dente” e o quanto elas fazem mal a saúde com milhares de retweets em um: “Bom diiiiiiiiia pessoaaalll, onde encontro um pé de Hortelã em Bariloche?”
Após um período apaixonado e emocionado com a recepção que tive dentro da página, fui levado a me aprofundar no assunto, e foi justamente essa incrível paixão que pertubou minha mente e me levou ao esforço em conhecer os três gênios que fazem parte desse projeto. Com corações e mentes incríveis lhes apresento:
LOBO | RAQUEL | NINJA
Mano, que dahórus foi tirar um tempo para conversar um pouco mais com esses três cariocas e tentar entender um pouco mais da Hórus, que tem cara de Sociedade Secreta, coração pulsante, planos e muito, muito trabalho. Em nossa conversa, pude a todo momento notar uma extrema preocupação não somente com as carreiras individuais de cada um, como também com a carreira de todos aqueles artistas independentes que participam dos projetos do coletivo artístico. E pra mim, é isso o que há de mais bonito nesse projeto. A ponta de cima da pirâmide egípcia deve ter a mesma importância da ponta esquerda e é claro que ela jamais funcionaria sem a direita.
Cheio de curiosidades e inquietações, finalmente perguntei ao Lobo e ao Ninja:
“Afinal família, o que é a Hórus?”
E as respostas vieram quase que de bate-pronto!
“Irmão, somos como um selo, uma marca”. (Concordaram todos)
Só que também de prontidão vieram alguns poréns mano, e que notáveis poréns:
“A verdade é que somos mais do que isso, somos uma ferramenta”. ( disse o Lobo)
“A gente era do meio artístico, sabe? E a gente tinha noção do nosso potencial, tínhamos ótimos produtores, ótimos beatmakers, ótimos Mc’s, só que a verdade é que hoje, se você não esta dentro do meio comercial, se você não tem dinheiro o suficiente para aparecer com as pessoas que comercializam o rap nacional vinte e quatro horas por dia mano, você acaba sem chance nenhuma de visibilidade, ta ligado?” (Finalizou Ninja).
E mano, olha que papo lindo…
É exatamente como eu penso e permaneço dizendo: o rap nacional tem que ser comercializado. Não temos pra onde correr, no mínimo como uma necessidade, já que o som que vem da periferia existe justamente pra que chegue aos ouvidos mais preconceituosos, porém, é mais que necessário que surjam a abertura de espaços para que todos nós tenhamos voz, e isso, a Hórus conseguiu de voadora, dando tapa na cabeça de artistas das antigas e o mais engraçado disso tudo? É que de forma rápida, simples e sem verba de investimento inicial. Bem funcional mesmo, se ligou?
Com a Hórus, desde eu, Victor Pooh que vos escrevo este humilde artigo, até incríveis artistas como o Sot, o YFL Errijota, o Lobo, o Fatal47, a Soud Of Territory Co., a VISHmob, a Delta Ree, o Caruzo, o Coneg e vários outros profissionais independentes, conseguimos trabalhar de forma forte e com muito apoio.
Apoio nosso, nós por nós.
Conseguimos ter voz e conseguimos dar voz.
Conseguimos ser ouvidos e consequentemente conseguimos também abrir espaços para que mais artistas independentes como nós tenham apoio.
Bem, foi exatamente com essa coletividade que saiu no 1º de Agosto de 2020, um clipe absurdamente bonito e sincero: é o AK Cantando, que já conta com mais de 3 mil visualizações no youtube, plataforma extremamente conhecida por dar menos visibilidade a artistas em início de carreira.
O som tá lindo, as imagens também e é claro, você pode ouvir, assistir, deixar seu like e compartilhar tudo aqui pelo RapDab:
Mas você pode fazer mais do que isso!
Você pode levantar os dois braços para essa Genki Dama do Rap Nacional, tá ligado? Você pode ajudar, e pode ajudar muito!
Siga @ProjetoHorusOFC no twitter, siga @ProjetoHorusOFC no Instagram! Se inscreva no canal do YouTube! Participe! Siga os artistas que fazem parte do Projeto, que enviam suas músicas, suas artes, suas danças, ideias e projetos. Largue o dedo no like do maior número de pessoas possível. Comente, compartilhe, faça parte!
Manja aquele artista famosão que você adora utilizar uma de suas frases para fazer aquele post que vai explodir de engajamento? Utilize a frase de um artista independente. Utilize uma frase de AK Cantando, utilize uma frase de um dos artistas que tanto se esforçam pra fazer sua arte. Seja ele, como disse o Ninja: “um ator, um artista plástico, um rapper, um produtor musical, um dançarino, um amigo que faz vídeos para o Youtube, enfim…”
Encha essa sociedade secreta de amor e tenha a absoluta certeza de que esse amor virá em dobro. ❤️
Antes de finalizar esse papo com a Hórus, fui avisado de que artistas estão sendo convidados periodicamente a participarem de entrevistas pelo Instagram e que a intenção deles, é a de abrir a cada dia mais novas parcerias. Com todos aqueles que se identificarem com o Projeto. Seja cantando, dançando, pintando, escrevendo, produzindo, consumindo ou simplesmente vivendo. Isso que pra mim hoje deixa de ser meramente um selo musical e passa a ser uma filosofia de vida: Projeto Hórus.
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