Um dos dias mais aguardados do final de ano para os fãs de rap no Brasil não é exatamente a virada de ano, e sim, a estreia do aguardado reality Nova Cena da Netflix. O primeiro reality musical da plataforma em nosso país, terá a estreia dos seus primeiros episódios na terça-feira (12) de novembro!
O reality que segue a base do aclamado “Ritmo e Flow” dos Estados Unidos, França e Itália, chega ao Brasil com o mesmo intuito dos outros países: RELEVAR A NOVA ESTRELA DO RAP! Com a premiação de R$500 mil ao vencedor e uma participação na nova temporada da série Sintonia, o vencedor ganhará uma vitrine mundial após a estreia da grande final e assim como o formato de outros países, buscou explorar o lado mais puro e completo da arte de cada rapper participante.
O Rap Dab foi convidado pela Netflix para fazer uma visita ao set de gravação e trocar uma ideia com os diretores do Nova Cena. Ao lado de outros portais de notícias selecionados, tivemos a honra de conhecer os diretores do programa e saber mais sobre o conceito utilizado por cada um na hora de realizar a sua função dentro da estrutura do reality.
Fábio Ock (co-diretor), Cacá Marcondes (diretor geral), Maristela Mattos (co-diretora), Zegon (direção musical) e Fydell Botti (diretor de fotografia) foram os entrevistados em nossa visita.
Confira a exclusiva com os diretores do Nova Cena:
Rap Dab para Cacá Marcondes, o diretor geral do reality: Qual é a sua expectativa para a estreia do reality?
Cacá Marcondes – “A expectativa é a melhor possível, estamos fazendo algo que realmente é diferente e acredito que as pessoas vão gostar.”
Rap Dab: Como é dirigir um reality que de fato, mudará a vida e carreira dos participantes e principalmente do vencedor?
Cacá: “Eu sempre fico feliz quando a gente faz um programa igual a esse, que pode mudar a vida de quem está participando. A gente parte do princípio de que qualquer um tem força para ser o grande campeão. Desde o início eu já estava com uma grande felicidade sabendo que qualquer um dos participantes que se consagre o campeão, fará um bom uso da imagem, do prêmio e das conquistas que vem com a visibilidade do Nova Cena.”
Sobre a variedade musical dentro do Nova Cena, analisando que no RAP temos vários subgêneros, Zegon (diretor musical) comenta:
“Tem uma grande variedade dos subgêneros que fazem parte do rap. Desde o início e até o momento de quando começa a afunilar, o público poderá ver que acabou ficando artistas de estilos completamente diferentes.“
Cacá Marcondes completou com: “No fundo eles são artistas brasileiros, né? Então mesmo quando estão rimando sobre o boombap ou canetando, pode vir um samba ou outra referência mais profunda do Brasil. É muito particular a nossa cultura e seria quase impossível alguém fazer igual.“
Rap Dab para Fábio Ock (co-diretor): Gostaríamos que você explicasse sobre a evolução dos palcos conforme as fases do Nova Cena vão avançando e o que foi feito para trazer uma melhor imersão do público enquanto assistem a cada episódio.
Fábio Ock: “A gente tem um palco que começou com uma essência: transformar esse lugar em um caldeirão. Como o rap é da rua e tem muita gente envolvida, a gente quis trazer essa atmosfera para o nosso cenário. Então o primeiro palco foi replicar a ideia da rua, com o público a volta e trazendo essa energia para os rappers participantes.”
“A cada episódio a gente têm complementado com outros elementos do show business. Entra um palco, entra outro, entra a passarela, entra LED, entra luz… até chegar o momento que na final, os finalistas eles contribuem ativamente na construção do show. Ou seja, saindo daqui eles já tem toda a sequência que um grande artista faz, desde a concepção de tudo que foi citado, até a música. É praticamente uma “academia” né? Eles foram entendendo como funciona essa coisa de show business.”
Fábio ainda falou sobre a importância de somente na grande final, os participantes terem o direito de opinar exclusivamente sobre como será a estrutura do show. – “Faz parte da questão educativa de eles entenderem o que cada elemento do show faz.”
Já sobre como garantir a diversidade dentro do reality, Maristela Mattos (co-diretora) comentou:
Maristela Mattos: “Eu acho que a cena é diversa, então a gente parte daí, da originalidade da cena. Mas claro, estamos falando de um reality de música, então o talento, como se apresentou, como se portou, é importante. Tem gente que é artista desde sempre e eu acho que é o caso dos nossos participantes. Então a gente olha e não tem dúvida que são artistas. Tivemos muita gente boa nas audições e tivemos muito trabalho na seleção dos participantes que escolhemos.”
“Isso do palco crescendo a cada fase, é também uma metáfora para vermos todos esses artistas melhorando, entendendo coisas, absorvendo críticas, discordando de críticas, refletindo, recomeçando… porque a cada episódio é um recomeço. Então tem essa coisa de aprendizado e também da gente entender que os artistas são pessoas, que tem seus gostos, seus problemas, seus incômodos. Nós estamos muito interessados para ver o que esses artistas têm a expressar além das letras, saber mais sobre a pessoa atrás do artista.“
“Estamos muito interessados também em mostrar o que os artistas do Hip Hop têm a dizer além das letras. Até chegar nas letras eles já passaram por um bocado de coisa que eles tão compartilhando. O rap brasileiro tem uma profundidade que eu acho que é a maior intenção da parte documental, é realmente fazer com que as pessoas sintam a verdade desse gênero musical.”
Sobre os principais desafios enfrentados, Fydell Botti (diretor de fotografia) comentou:
“Como fotografia, o maior desafio pra mim foi tentar fazer algo novo. Mesmo sendo um reality, ele tem um documentário e tem um show. Você tentar trazer essas questões e unificar tudo é desafiador, assim como trabalhar em um produto diferente do que nós vemos no mercado brasileiro como é o Nova Cena.”
“Eu já fiz shows e já fiz documentários, mas nunca tinha feito os dois juntos, então isso é realmente muito complicado”. Fydell ainda revela que cada diretor apoiou o outro e que somaram os conhecimentos para trazer algo cinematográfico e o mais real possível para o público.
“Acho que a gente conseguiu cumprir o papel e deixar as coisas mais cinematográficas, documental, junto com o show e acho que esse é o maior diferencial desse projeto. “
Sobre os aprendizados, relatou:
“Eu sou um cara que estou nesse lugar (como diretor de fotografia) e que aprendi muita coisa aqui. Como apreciador profundo do rap, eu vi chegar pessoas muito talentosas e eu julgar que eles estavam prontos, e percebi que assim como na minha arte, porque os dois são arte, a gente tem talento… mas precisa sim se aprimorar, porque sempre tem espaço para aprender, evoluir e ser melhor.”
Nota: Em memória de Fydell Botti, que infelizmente faleceu poucos meses após a nossa entrevista. Nossos pêsames e força aos familiares e amigos. O legado e suas obras são eternas!
Considerações finais
Seja quem for os finalistas, ou quem irá mais longe na competição, Zegon exaltou que independente de quem seja o vencedor, todos tem uma oportunidade gigante para se destacar analisando a vitrine que o programa trará para os participantes.
Para finalizar, os diretores responderam a pergunta do Rap Dab sobre como foi trabalhar com o gênero musical RAP, e se existem diferenças em relação a trabalhar com outros gêneros musicais do nosso país. VEJA o vídeo completo de forma exclusiva, abaixo:
O REALITY NOVA CENA ESTREOU NESSA TERÇA-FEIRA (12) NO CATÁLOGO DA NETFLIX!
Agradecimentos a toda equipe da Netflix, colaboradores e diretores que disponibilizaram esse dia memorável para nós do Rap Dab.