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s3reno lança EP que fala sobre vivência na periferia, crítica social, cultura afro e amor

O baiano Guilherme Mendes, conhecido artisticamente como s3reno, lança seu primeiro EP “Não saia no Sereno”, Hoje, dia 16 de agosto. Sua música mistura crítica social, reverencia a cultura afro-brasileira e celebra o amor, numa mistura rítmica singular que passeia pelos gêneros trap, afropop e influências nordestinas. Entre tambores e sanfona, s3reno dá o seu recado em forma de música. 

Nascido em Boa Vista de São Caetano, bairro periférico de Salvador (BA, o artista traz composições que refletem uma abordagem contracolonial, antiegemônica e antirracista, utilizando a música como ferramenta para destacar a resistência e resiliência do povo preto. Com uma arquitetura ousada, o EP flerta com múltiplos ritmos e linguagens construindo uma atmosfera tátil-sensorial que convoca para um diálogo, como quem convoca a elaborar estratégias de sobrevivência. Misturando ritmos regionais com atuais, entre o rap e o groove arrastado do pagode baiano com toques de tambor, s3reno se destaca na nova cena baiana.

“O EP fala de lealdade, de amor, de violência e colonização, fala de vida como quem ginga seguro de si apesar toda carnificina que se acumula nessas madrugadas.  Um manifesto íntimo, muito bem lapidado e que se constitui enquanto importante relato de memória sobre como é se manter de pé em meio a guerra racial na Bahia”, destaca o artista.

Audacioso S3reno se apresenta nesse EP dançando por entre malandragens que garantem uma sobrevida, fruto de um trabalho orgânico, comprometido com as periferias do mundo que o cerca e ciente de seu chão.

OUÇA NA SUA PLATAFORMA FAVORITA!

Faixa a faixa 

1 – não saia no sereno

A canção de abertura, que também é a canção de trabalho desse ep, não saia no sereno é um aviso e uma reflexão.O inconformismo de ver que a situação do brasileiro, nordestino, não muda em sua forma estrutural ao longo dos anos, se encontra com um grito de alerta para a juventude.  Um aviso para que a juventude preta periférica siga com cautela nesse mundo que não faz questão de nos acolher e permaneça viva.

2 – queen e slim

Por se tratar de um verso livre (freestyle) essa faixa traz verdades cruas. Sob a perspectiva de quem vive num país empurrado para o terceiro mundo capitalista, a faixa fala de amor entre jovens pretos e as implicações de prospectar uma vida a dois enquanto se luta pela sobrevivência.

3 – foda

Essa faixa é o love song que traz uma leveza para o trabalho como um todo, pois para um povo que o amor foi negado durante tanto tempo, amar é um ato revolucionário. 

Essa faixa fala do amor que se vive no dia a dia, um amor que precisa apenas de coisas simples para ser sentido.

4 – planos pra roubar um banco (robin hood) 

Uma canção profundamente pessoal. Trata de trazer à luz temas como questões familiares, dificuldades financeiras, vivências de favela, sentimentos divergentes entre a revolta e a vontade de mudar a realidade imposta.

5 – toque pra ancestrais (tambor pra orixá) 

“Tambor pra Orixá”, uma composição profundamente pessoal inspirada por sua primeira experiência em um terreiro de candomblé, onde encontrou a fé que hoje professa. “Depois desse final de semana, senti uma necessidade profunda de desaguar os sentimentos que estavam reverberando em mim”, compartilha s3reno. Explorando as complexidades da identidade afro-brasileira em um contexto pós-colonial, “Tambor pra Orixá” enfatiza a importância de resgatar e preservar as tradições culturais e espirituais afrodiaspóricas. Com lançamento simultâneo ao EP completo, esta composição é uma saudação e agradecimento, que promete conectar emocionalmente o público, e também provocar reflexões sobre resistência, pertencimento e reconhecimento.

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Mateus Araújo

CEO do Portal Rap Dab, uma mídia focada na cultura Hip Hop e cultura de rua. Respeito é a base de tudo!

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