Em meio à uma indústria em que as tendências disputam a atenção do público, alguns artistas escolhem caminhos menos óbvios. Danzo é um deles. O artista mergulha ainda mais em sua própria narrativa e influências e, depois da mixtape O Cenário Certo Pro Teatro Perfeito, que conquistou mais de 45 milhões de streamings nas plataformas digitais em 2023, ele retorna, agora, com A Peça Final, projeto que abre um novo capítulo de sua jornada musical. O resultado chega aos aplicativos de áudio no dia 19 de abril (ouça aqui), pela Labbel Records, selo da produtora Boogie Naipe.
“Eu sou só um maloqueiro original. Quero rimar sobre o que eu gosto de fazer e de vestir. Não vou ficar me prendendo ou me propondo a fazer coisas só porque estão fazendo sucesso”, afirma Danzo. Diferente de seu último trabalho, que trazia algumas composições sobre amor, em A Peça Final o trapper aborda uma nova perspectiva sobre relacionamentos, como no single lançado em fevereiro, “Doce Amargo“. “Estava sofrendo um pouco, mas agora já estou mais tranquilo. Ali foi um momento, agora parti pra uma nova fase”, explica. Os cenários de sua vida, principalmente a sua quebrada, o Jardim Nakamura, e as vivências que teve por lá, também servem de inspiração e motivação para Danzo.
DANZO E “A PEÇA FINAL”
Com direção criativa de Caio Reis e produções de Greezy, Toledo, Bvga, Honaiser, Nagalli, Galdino e Pepito, a nova mixtape reflete os dois principais gêneros musicais que moldaram Danzo desde sua adolescência e que hoje ainda são sua marca registrada: o funk e o trap. A Peça Final apresenta essa fusão de sonoridades, com novidades como megafunk e beats eletrônicos. Danzo abre a tracklist com a faixa “Ponto de visão”, cantando sobre ser um garoto de quebrada com mente milionária. “Captura das notas” segue essa mesma narrativa, com graves marcados, melodia chamativa e instrumentos clássicos, como o violino.
A mixtape ainda reúne diferentes participações. Em “Podcast”, primeiro feat do projeto, o artista se junta a Kyan em um trap hard. Ajuliacosta aparece na sequência e entoa versos em “Não discuto por telefone”. Investindo nos vocais mais agudos, Danzo entrega “Dinheiro limpo” com Raro. “Comentei sua foto” tem feat de G.A e lembra a estética e a sonoridade presente no primeiro álbum, O Cenário Certo Pro Teatro Perfeito. Niink soma em “BPN”, som que se destaca por ser um jersey e ter um beat mais acelerado. Mac Júlia é a convidada em “Proibido”. O último feat, “Maldade”, conta com a voz inconfundível de MC Leozinho da ZN em uma letra que parece complementar o single “Bom dia”, presente na mixtape anterior.
Danzo usa das batidas e graves do trap para mandar a real sobre pessoas que gostam de causar na internet em “Zoom”. “Bala” mistura o megafunk com beats eletrônicos em um som ideal para festivais. “Oi, me liga depois” já é conhecida dos ouvintes pela prévia que o cantor postou nas redes sociais. “Muhammed Ali” é uma fusão do funk com melodia de trap. Danzo finaliza a mixtape com “Cenário”, falando sobre suas vivências do passado e suas metas para o futuro. “Vejo da minha janela o cenário, eu pintando meu quadro”, comenta.
Danzo prova, mais uma vez, que é possível se destacar com uma mistura única de trap e funk, e reafirma sua posição como um dos trappers mais autênticos e influentes da atualidade. A Peça Final se desdobra também em um novo show. Marcada para o dia 10 de maio, no City Lights, em São Paulo, a apresentação de estreia vai combinar as novas canções e sucessos da carreira de Danzo. Mais datas serão anunciadas em breve.