Emicida apresenta o single “Acabou, mas tem…”

Sem lançar uma canção inédita há dois anos, o rapper encerra o ciclo de "AmarElo" com o novo single e uma turnê de despedida.

Tom Jobim dizia que a música brasileira é aquela que ri e que chora. Este é um bom ponto de partida para abordar a nova música de Emicida, “Acabou, mas tem…“. A canção que sorri com uma ponta de dor já está disponível nas plataformas de áudio.

Com produção assinada por Emicida e Damien Seth, “Acabou, mas tem” carrega um pranto e um lamento emoldurados por uma harmonia que provoca esperança – algo que, de certa forma, reflete a dualidade do título do single. O videoclipe, disponível no canal de YouTube do rapper paulistano, compartilha do contraste para ambientar a narrativa.

Com direção de Pedro Conti e Diego Maia, o audiovisual reforça a dualidade ao representar a música por meio de uma animação. As imagens contrastam a suavidade do som e a dureza da letra. 

Quando lançou AmarElo (2019), Emicida usou o termo “neo samba” para definir a sonoridade presente no trabalho. Dessa forma, ele propôs criar algo novo, poeticamente bonito e liricamente empolgante, contudo, tendo como guia a renovação de um gênero originalmente brasileiro. “Acabou, mas tem…” chega como o encerramento do ciclo de AmarElo e também como evolução da incursão do artista pelo neo samba.

“O ápice dos gêneros passa. É efêmero. Mas os artistas que têm substância se mantêm. Eu acho que encontrei a linguagem da minha música, tenho me sentido instigado por esse exercício de criação”, comenta Emicida.

Ao iniciar aulas de flauta transversal, o rapper adicionou uma nova camada para o desenvolvimento dessa construção. “A minha música é ancorada na palavra e estudar um instrumento tem servido pra me libertar de umas amarras bobas que eu mesmo criei, fugindo de uns estereótipos e caindo em outros. Essa coisa de neo samba é uma responsa, por isso fui estudar sério. Quero criar algo musical que dê orgulho aos meus ídolos”, complementa.

Sem lançar uma música inédita há dois anos – as últimas foram “É Tudo pra Ontem” (2019) e “São Pixinguinha” (2021) – “Acabou, mas tem…” fotografa o espírito de um tempo consumido pela agonia, pela claustrofobia e pela ansiedade de uma sociedade doente. Embora a música carregue uma grande carga de tristeza, ela tem também a sua ponta de luz, amarrando o experimento social AmarElo com um laço cintilante de esperança. “É como um grito ante à essa avalanche de tragédias diretas e indiretas, eu só tô tentando ficar bem, sobreviver, sabe?”, finaliza Emicida.

Emicida encerra turnê AmarElo

Após ser realizado 120 vezes e ter passado por 9 países e 55 cidades, o espetáculo AmarElo acabou se tornando uma espécie de culto para o público, tamanha a profundidade e intensidade da troca entre o artista e os seus fãs. Por isso, a despedida desta turnê de Emicida não poderia ser como um corte seco.

O cantor, compositor, rapper e pensador contemporâneo anunciou, então, AmarElo – A Gira Final, uma parceria da Laboratório Fantasma com a Live Nation Brasil que fará da experiência de AmarElo ao vivo algo ainda mais especial. Ao todo, doze cidades receberão a turnê de Emicida, que é apresentada por Elo e tem Budweiser como cerveja oficial.

Serviço AmarElo – A Gira Final

Belo Horizonte (8 e 9 de março);
Porto Alegre (06 de abril);
Brasília (12 de abril);
Goiânia (13 de abril);
Recife (26 de abril);
Salvador (11 de maio);
Rio de Janeiro (18 de maio);
São Paulo (25 de maio);
Florianópolis (21 de junho);
Curitiba (22 de junho);
Manaus (28 de junho)
Belém (30 de junho). 

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