Aposta da cena urbana, Amabbi lança “Reflexx” e comenta sobre novo momento na carreira
Após lançamento do seu EP de estreia e importantes feats, a jovem artista segue com novidades, inclusive, sendo uma das atrações do Rock The Mountain.
Amabbi tem muito o que celebrar a respeito da fase que está vivendo na carreira. Ela, que assinou com a Som Livre em setembro de 2022, ficou conhecida por passear por diversos subgêneros da música urbana como R&B, trap, detroit, drill, sem perder a sua qualidade musical. A jovem artista já lançou singles com parcerias de peso, um EP de estreia “AMABBI” e segue com novidades para 2023. Inclusive, Amabbi é presença confirmada no line-up da próxima edição do festival Rock The Mountain, um dos maiores eventos de música do país, que acontece em novembro, em Itaipava, no Rio de Janeiro.
Seu trabalho mais recente, a música “Reflexx”, dá continuidade à sua proposta de se jogar em diferentes vertentes ao abraçar o funk carioca como sonoridade. Em parceria com Biel do Furduncinho e o produtor carioca DJ 2F, o single conta também com um videoclipe em clima descontraído. O vídeo, ambientado em uma pool party e gravado em uma mansão na cidade do Rio de Janeiro, trazuma vista de tirar o fôlego.
“Este “Reflexx” é o segundo lançamento de Amabbi no ano, o som chega após a faixa “Na Mente”, em parceria com o rapper carioca Oik. Dona de uma voz potente, rimas afiadas e um flow diferenciado, a artista natural de São Paulo vem pavimentando um caminho notável na música urbana. Já são mais de 2,6 milhões de visualizações em seu canal no YouTube e aproximadamente 150 mil ouvintes mensais no Spotify.
Amabbi também tem colaborações com nomes como Pedro Qualy, Felp 22, Oik e Mateca em sua caminhada. Mesmo com um histórico recente na cena de música urbana nacional, a artista protagoniza grandes momentos como a apresentação na última edição do REP Festival, em fevereiro deste ano. A artista também é presença confirmada no line-up da próxima edição do festival Rock The Mountain, um dos maiores eventos de música do país, que acontece em novembro, em Itaipava, no Rio de Janeiro.
Em uma bate-papo descontraído com o Rap Dab, Amabbi deu mais detalhes sobre o lançamento da faixa “Reflexx”, sua facilidade em trabalhar com diferentes gêneros musicais, momento na carreira e futuras apresentações em festivais de música. Confira!
Como foi se jogar na batida do funk em “Reflexx”?
Amabbi: Na verdade, eu fui no 2F foi pra fazer um R&B, sabe? Aquele love bem Summer Walker, mas o 2F começou a me mostrar umas músicas que ele produziu tipo “Gaiola é o Troco”, várias músicas da galera e eu falei “Cara, muito foda funk RJ, eu quero fazer um!”. E aí a minha ideia era a gente misturar os ritmos, começando num lovezinho e aí saiu do meio jeitinho. Não foi um funk assim já de uma vez, a música começa num lovezinho, com uma letra mais intimista e sensual, aí depois o 2F entra com a batida de funk. Então foi dessa maneira, saiu do meu jeitinho!
Como rolou o convite para esta parceria da Amabbi com o Biel do Furduncinho?
Amabbi: Depois que a gente fez essa música, faltava um espaço, e aí o 2F falou que ia colocar alguma coisa na música. Eu saí pra tomar uma água e quando eu voltei ele colocou o bordão “Esse é o pique do Biel”. Eu super topei e falei: “é isso, vamos botar o Biel do Furduncinho”. Fiquei na dúvida se ele ia gostar do som, mas o 2F garantiu que ele ia gostar sim e que ia entrar na faixa. Mandamos pro Biel e ele super topou, curtiu a faixa, falou que eu mandei muito. O convite partiu do 2F, mas o Biel disse que amou o som mesmo, me mandou mensagem e tudo.
O clipe de “Reflexx” tem uma pegada bastante descontraída, com uma festa na piscina em uma mansão. Tem alguma curiosidade ou situação divertida dos bastidores para compartilhar?
Amabbi: Esse clipe foi literalmente o mais descontraído da vida! De curiosidade, essa foi a primeira vez que eu usei um maiô em um clipe, uma roupa mais curta mesmo, porque geralmente eu uso sempre umas rouponas maiores, mais largas. Já nesse clipe eu tô de maiô, muito garotinha, descontraída, e a gente se divertiu muito na gravação. Teve música, dança, todo mundo bem animado no set, além dos TikTokers que eu me identifico muito. Eu já tinha essa ideia de fazer uma música que tivesse uma coreografia, uma dancinha. Acho que “Reflexx” é uma música bem descontraída mesmo, alto astral e que eu tô muito garotinha, que é uma coisa que eu não sou (risos). A gente se divertiu muito gravando o clipe, o Biel e o 2F são muito gente boa.
Amabbi, você é uma artista bastante jovem e que já explorou diversos subgêneros da música urbana. A que atribui essa vontade de experimentar diferentes sonoridades?
Amabbi: Eu sempre bati nessa tecla e vou continuar batendo: nós somos humanos, já nos adaptamos a tantas coisas durante a transformação do mundo. Por que ficar só num tipo de música, seja ele o drill, o trap, o pagotrap… Podemos nos adaptar, aprender muito com cada estilo, nos conhecer mais em cada um, reaprender como fazer um som novo. Eu, por exemplo, nunca achei na minha vida que fosse gravar um funk carioca e agora eu quero fazer milhões (risos). Nós aprendemos muito com a música, com nós mesmos, com o produtor que tá trabalhando com a gente. O 2F me ensinou muita coisa, nós nos entendemos muito dentro do estúdio, e hoje se eu chegar pra ele querendo fazer um rock, a gente faz. Pra que focar só em um estilo de música, sendo que a gente pode aprender e reaprender em vários outros? A gente tem que se aprimorar sempre.
E quais são os outros subgêneros da música urbana, ou ainda outros gêneros musicais, que tem vontade de trabalhar?
Amabbi: Eu quero me aprimorar em todos os gêneros possíveis. No jazz, no funk, country, axé, sertanejo, blues, hip-hop, e se possível a gente faz até um reggae (risos). Cada um desses é um fragmento da Amabbi, é um pedacinho do que a gente pode passar não só para uma faixa etária, não só para um público específico, e sim para todo mundo. Em algum momento eu espero que a minha música gere identificação com todos os tipos de pessoas.
Apesar do pouco tempo de carreira, você já está marcando presença em grandes festivais, como o REP Festival e o Rock The Mountain. Como você se sente com relação a isso? Fica ansiosa antes das apresentações?
Amabbi: Tô muito feliz mesmo com a galera que tá trabalhando comigo! Acho maravilhoso todo mundo ali, focando 100%, mandando aquela força, me ajudando, me acalmando antes dos shows, porque eu fico desesperada antes de subir no palco. Eu fico pensando no pior, imagina se eu caio, se eu tô cantando e uma nota sai do tom e aí eu paro de cantar, a gente sempre pensa no pior. Quando chega a hora de sair, eu quero ficar mais dez minutinhos (risos). Eu tô muito feliz com esses festivais que eu fiz até agora e vem muito mais por aí! Eu fico bem nervosa antes do palco, a gente tá no começo, então eu tô sempre querendo melhorar, me aprimorar. São muitos ensaios. Antes do REP Festival, por exemplo, eu ensaiei que nem uma doida. Independente de tudo, ninguém parou de dançar por causa da chuva, por causa de nada. Vamos fazer como se a gente tivesse na turnê da Beyoncé!
Quais sonhos da Amabbi que a música já te permitiu realizar até o momento? E quais ainda quer realizar?
Pra minha pessoa mesmo, a música me proporciona as melhores sensações. Ver que eu consigo fazer um som já é um troféu pra mim. Até pouco tempo atrás, eu não sabia nem como escrever uma música, e agora vejo que eu posso fazer o que eu quiser com a música, então isso já é um grande passo pra mim. Ver a galera falando “Nossa, esse som é foda”, alinhar as ideias com o produtor, isso tudo é muito legal. A música me proporciona o sentimento de saber que eu posso me expressar mesmo não tendo aqueles sentimentos no momento, coisas às vezes nem eu mesma sinto. É muito estranho isso, porque quando veem eu cantando uma música como “Reflexx”, como foi “Enigma”, que eu tô apaixonadíssima, não necessariamente são vivências pessoais, são histórias de outras pessoas. Nem sempre eu canto sobre o que eu estou vivendo, e sim sobre o que eu acho que as pessoas podem estar vivendo e passando. Eu acho que eu ainda sou muito nova para viver as coisas que eu canto nas minhas músicas, então eu me identifico com as histórias de outras pessoas.
Resumindo, eu acho que me proporciona muitas coisas, como ver o amor das pessoas ouvindo. Então a música me proporcionou muito em pouco tempo. Hoje eu posso falar que eu vivo dela. O carinho das pessoas em escutar um som meu e curtir. O que me deixa mais animada é uma pessoa com uma longa caminhada querendo fazer um som comigo, ou elogiando o meu som. Ver as pessoas mandando coração pro palco, reagindo aos sons, cantando “Face ID”, ouvir as músicas tocando na rádio. Eu vivo a música não pelo dinheiro, mas sim pelo amor, eu vi que existe um amor incondicional que é fazer o que eu amo. Isso não tem preço.