O ano de 2022 tem sido de muitos lançamentos, e o cenário do rap nacional não está nada atrás dos gêneros pop e sertanejo, por exemplo. Muito pelo contrário, artistas de trap, grime e drill estão ganhando cada vez mais destaque e alcançando números milionários nos mais diversos tipos de plataformas. Sempre atento aos singles, EPs e álbuns que chegam para por aqui, o Rap Dab selecionou sete nomes que já estão em alta e prometem seguir assim.
1. Major RD
“Ouço falarem que o esforço vence o talento, gosto desse argumento. Eu nunca quis ser melhor que ninguém, apenas tive o comprometimento”. Difícil encontrar alguém da cena que não conheça o trecho de “60K”? O single faz parte dos sucessos de Major RD, que ultrapassa os 2.1 milhões de ouvintes mensais no Spotify, e – com certeza – está entre os artistas de trap mais em alta do ano de 2022. Além de outros sucessos como “Rimo Igual Pac”, “Só Rock 2” e “Dior” (BIN), o rapper assina o EP 2% e o álbum “Troféu”.
Major RD ainda é responsável pela própria gravadora, a Rock Danger, fundada em 2021, em parceria com DJ Natan e Ycaro Torres. Vale lembrar que a trajetória de Major RD começou lá em 2015, nas batalhas de rima do Rio de Janeiro. Em 2016, ganhou a Batalha Rio, e começou a fazer as dobras dos shows de Xamã. Desde então, foi ganhando espaço e, atualmente, está entre os nomes que prometem crescer ainda mais nos próximos anos.
2. Veigh
Criado em Itapevi, Zona Oeste de São Paulo, Thiago Veigh está entre as promessas do trap/RnB nacional. Sempre apresentando muita versatilidade em suas composições, já soma mais de 964 mil ouvintes mensais no Spotify. Por falar na plataforma de streaming, Veigh acaba de gravar um mini documentário, produzido pelo Spotify, que retrata sua trajetória.
Recentemente, Veigh destacou-se com “Paraíso Periférico”, single que tem participação de Kyan e produção do Nagalli. Outros singles de sucesso assinados por ele que faturam milhões são: “Foto do Corte”, “O Justo Não Teme” e “Trap de Cria 2” (Kyan, Danzo, Nagalli e Caio Passos).
3. N.I.N.A
Cria da Cidade Alta, zona norte do Rio de Janeiro, N.I.N.A é um dos nomes em alta na cena nacional do grime e do drill. DJ, compositora, cantora, ela traz influências do funk, do trap, bossa-nova e até reggaeton, sem rotular o estilo da sua arte.
Com rimas diretas e de empoderamento, N.I.N.A chamou atenção com o single “A Bruta, a Braba, a Forte”, que ultrapassa os três milhões de plays só no Spotify. Em junho de 2022, lançou seu primeiro álbum, intitulado “Pele”. Faixas do disco como “Malícia”, “Matemática” e “Oi, Sumido” estão entre as mais ouvidas da artista e chegaram a emplacar em importantes playlists como a Radar Brasil.
4. Salaga
Nascido e criado no Jardim Capela, periferia de São Paulo, e atualmente, morador no Vale do Sol em São José dos Campos, Salaga surge como uma grande aposta quando o assunto são artistas de trap em ascensão. Em 2021, foi descoberto pela Original Quality, e já soma mais de 605 mil views no Youtube e 100 mil ouvintes mensais no Spotify.
Salaga impressiona por sua extrema facilidade em compor, seu vocabulário popular, além da essência e originalidade que imprime em cada som. Ainda como artista independente já havia lançado dois álbuns “Apogeu” e “Extraordinário”. Já no mês de julho/22, liberou “Confortável”, disco produzido pela OQ, com quem assinou contrato no último ano, e que tem participações de Edi Rock, Clara Lima e Veigh.
5. MC Luanna
Nascida em Ubaitaba, na Bahia, MC Luanna mudou-se para São Paulo ainda pequena. Anos mais tarde, viu na arte e na poesia a chance de uma vida melhor. Desde o lançamento de “Kit Rosa” (2020), seu primeiro single, a artista chama atenção por sua autenticidade. Não à toa, também lançou em parceria com Danzo – “Iphone 12” (2021) e Ajuliacosta – “Set AJC” (2021).
Sempre atenta ao tema do empoderamento feminino periférico, MC Luanna traz a garra e a segurança da mulher preta como base de suas composições. Nome em ascensão na cena da música urbana de São Paulo, conta sua história enquanto mulher preta e favelada através de versos que carregam muito sentimento. “Maldita”, seu primeiro EP, aborda relacionamentos e experiências afetivas da vida real e mostra o cotidiano na periferia paulistana.
6. Shoy
Em 2021, com apenas 17 anos, Shoy entrou para a banca da UCLÃ, conhecida por ser referência da cena nacional com mais de 370 milhões de views só no YouTube, colocando o menor entre os artistas de trap para se ficar de olho. Descoberto pela gravadora através de prévias que postava no Twitter, o capixaba já no primeiro single, “Acima da Média“, bateu mais de três milhões de streamings.
Em junho deste ano, Shoy lançou seu primeiro álbum pelas principais plataformas de áudio. Intitulado “Rico Bem Novin”, o trabalho soma oito faixas: “O Que Você Quer”, “Premeditar”, “Desistir de Desistir”, “Merecedor”, “Dejavu”, “Preto Metido”, “Frio e Calculista” (feat Duzz) e “Carro Bicho”.
7. Zlatan
Natural de Guaianases, Zona Leste de São Paulo, Lucas Ferreira da Fonseca (24), mais conhecido como Zlatan, começou a rimar com apenas 12 anos. Aos 18, lançou “Não Toca Nos Meus Cria”, de forma independente, e ainda assim bateu 60 mil visualizações no YouTube logo na primeira música. Números que foram crescendo de forma orgânica com muita persistência.
Zlatan traz reflexões em suas letras que são retratadas a partir de inúmeras punchlines e flows de forma diferente e autêntica. Não à toa, foi apadrinhado por Kayblack, que tem falado muito sobre o artista em suas redes sociais, apontando Zlatan como revelação do drill no Brasil. Aliás, até 21Savage – rapper norte-americano com 13,5 milhões de seguidores – trocou sua foto de perfil por um emoji de coração partido que fazia alusão a ação de marketing do último lançamento de Zlatan, “Ela Mente”.