Ele saiu das ruas e chegou às grandes galerias de arte e publicações especializadas, já é tese de doutorados nas universidades. Quem mora nos centros urbanos sempre encontra o Graffiti fazendo os muros de tela. Dão um colorido a mais com suas cores extravagantes e desenhos intricados aos muros cinzas e sem graça das ruas. Circulando por qualquer cidade grande a pé ou qualquer que seja o meio de transporte, não há como ficar indiferente aos muros da cidade.
Saiba mais sobre o documentário “Os traços urbanos da floresta”, que buscar enaltecer um dos pilares da cultura Hip Hop, o Graffiti.. o filme conta com entrevistas exclusivas realizada com grafiteiros e grafiteiras Manauaras, que explicam sobre as suas artes, vivências e inspirações.
Com o desafio de produzir um recorte documental de como os grafiteiros e grafiteiras de Manaus veem a cidade que é tela de suas obras através de seus muros de cimento e ferro, o documentário “Os traços urbanos da floresta” é em si, uma obra coletiva, por ser uma produção que nasceu da conversa entre o fotógrafo e videomaker Homero Lacerda e o grafiteiro Arab, que dividem a criação.
A inspiração para o filme nasceu em conversas nos bares do Centro de Manaus, quando constataram que tanto o grafite como arte e o estilo de vida em volta da Arte de Rua tem pouca ou quase nenhuma documentação.
“Nunca cheguei a grafitar, mas tenho vários amigos que são envolvidos com o grafite e uma vez, numa conversa com o Arab, ele me disse que tinha interesse em fazer um doc sobre o assunto, a partir daí, nasceu”, conta Homero.
Com a ideia na cabeça, Homero e Arab se juntaram à produtora Cristine Pinagé, que é responsável pelo roteiro e desenvolvimento do projeto. “Basicamente o roteiro foi construído em cima da própria vivência de arte urbana. Procuramos por outros documentários, conversamos com o pessoal do grafite e gravamos nos cenários em que os artistas mais se sentem representados. Procuramos acrescentar os contextos sociais envolvidos, as suas referências, acho que esse doc é um divisor de águas em Manaus”, relata Cristine.
Cristine, que também foi a diretora de produção, ressalta também o trabalho das artistas grafiteiras documentado no filme, mostrando as dificuldades, maternidade e machismo. “Muito legal ressaltar os trabalhos femininos, com eventos só para mulheres, por mulheres”, afirmou.
Além do Graffiti, o documentário vai além e investiga as diversas vertentes dessa arte de rua, como pixo, bomb e stickers.. Entre os entrevistados, estão os artistas Paradise, Zet, Arab, Liu, Deborah Erê, Lori Paes, Olhinho, Gnos, Gaby, Alessandro Hipz, Raiz, Smidt, Biels, Rosie, Máfia, Nixon e Knort. (Você precisa conhecer cada um)
“A poética é a mesma, a lata ou o vídeo, são suportes pra gente expressar a arte”, assim resume o grafiteiro Liu, um dos entrevistados do documentário, ao falar sobre como foi trabalhar como assistente de produção no doc, emendando que a experiência foi excelente.
O documentário “Os traços urbanos da floresta” foi premiado pela Lei Aldir Blanc – Conexões Culturais 2020, da Prefeitura de Manaus. Confira abaixo ao documentário Manauara sobre a arte de rua, sobre o Graffiti:
Créditos: Homero Lacerda – direção e montagem – @homerolacerda Arab – Assistente de direção – @amazon_urb1 Cristine Pinagé – Produção/ Roteiro/ Social Media – @crispinage Agnes Sgarioni – Produção Executiva Zeudi Souza – Assessoria de Produção Executiva Lamartine Silva – Assessoria de Produção Executiva Tharciso Yamane – Edição de som Ítalo Souza Moral – Designer/ edição / Motion Design – @beatcashsl Michael Dantas – Imagens Aéreas Jorge ‘Liu’ Lima – Assistente de Produção Mariah Brandt e Alessandro Cavalcanti – Assessoria de Imprensa | |
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