20 anos depois, grupo 509-E lança música inédita

O single “A Liberdade Cantou” já está disponível nas plataformas digitais e também no canal do grupo 509-E no Youtube.

Como um grito de esperança por novas oportunidades para quem viveu o
cárcere, o grupo 509-E lança, depois de 20 anos, uma música inédita: “A
Liberdade Cantou”
chega às plataformas de streaming no dia 19 de
março. O grupo, que conta com uma curta discografia de apenas dois
álbuns, mas tem seguidores fiéis e quase 200 mil ouvintes por mês no
Spotify, segue com os vocais de Afro-X e Bad.

A música, uma composição de Afro-X, ganhou backing vocals de Daniel Quirino e Paola, produção e arranjos de Jonas Lemes e mixagem e masterização de Flávio Libório. “A Liberdade Cantou” traz a raiz do rap 90, conhecido como “boom bap”, numa melodia contagiante e harmonias que remetem aos clássicos da black music.

Além da nova música, o 509-E aguarda as liberações para grandes eventos por conta de dois shows que ficaram remanescentes da turnê “Vivos”, realizada em 2019 e interrompida por conta da pandemia do novo Coronavírus. O grupo está na programação das próximas edições dos festivais Cerrado MIX e Lollapalooza Brasil.

A faixa também vai ganhar um clipe gravado no terreno onde funcionou a
penitenciária do Carandiru e em uma cadeia desativada, que sairá em breve no canal do grupo.

Afro-X

O rapper, escritor e educador social Cristian de Souza Augusto nasceu
em São Bernardo do Campo, Grande São Paulo, e foi criado no bairro
periférico do Jardim Calux. Sua vida se assemelha a de vários jovens negros espalhados pelas comunidades de todo Brasil: sem perspectivas.

Mas através da cultura hip hop encontrou a ferramenta para o
protagonismo e resgate da autoestima ampliando seus horizontes com
sua arte. É um dos fundadores do grupo 509-E, número da cela que
ocupou no Carandiru.

Bad

Cleiton de Souza Augusto criou, ainda no final dos anos 1980, com seu irmão, Afro-X, e Denis Buiu, o grupo Suburbanos, que se tornou conhecido na região do ABC paulista e deu base para o reconhecimento no cenário nacional.

Após a prisão de Afro-X, Dexter o convida para formar o Tribunal Popular e ele assume o grupo logo depois da prisão de Dexter. Em 1999, lançou pelo selo Cosa Nostra o CD/Single do Tribunal Popular, “Xeque, Mas Não Mate!”, juntamente com o DJ Lord e produção e participação de Mano Brown (“Legítima Defesa”) e Edi Rock (“De Preto Pra Preto”), dos Racionais MC’s.

Em 2001 lançou o projeto DiFunção, juntamente com DJ Lord e Função. O CD saiu em 2003 pelo selo Zâmbia com a participação de Sabotage. Participou como vocal dos dois álbuns do 509-E e também dos shows, incluindo os da turnê “Vivos”, realizada em 2019.

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