Segundo dados do governo de São Paulo, no mês de janeiro já foram registrados 237 mil novos casos de COVID-19 no estado, sendo 16 mil a mais que no mês de dezembro. Em relação aos óbitos, foram 163 a mais que no mês passado, com ocupação de UTIs superior a 71%. Pensando nisso, articuladores culturais paulistas se unirem para a criação do “Quebrada Viva” – iniciativa da produtora Michelle Serra gestora da Supere Cultural, e dos artistas visuais, M.I.A, que é pixador e Diogo Terra, iluminador. No Aniversário de São Paulo, o Quebrada Viva levará para as periferias da cidade uma série de projeções em laser com frases de conscientização reforçando a importância de, dentro do possível, mantermos o distanciamento social. As projeções acontecerão de forma itinerante, iniciando na Zona Sul e encerrando na Zona Norte.
A ação acontecerá nos bairros Jardim Peri, Damasceno, Paraisópolis e Jardim Colombo. As projeções trarão mensagens que fomentam amor, esperança, cuidado e afeto e que poderá ser acompanhada pela comunidade das janelas de suas casas. O Quebrada Viva é parte da programação cultural especialmente preparada pela Secretaria Municipal de Cultura para o aniversário de São Paulo, que celebra hoje seus 467 anos.
“O Quebrada Viva surge da vontade de expandir e descentralizar a Cultura na cidade de São Paulo. Num momento em que a Cultura está passando por um desmonte, e que sempre vemos grandes artistas se apresentando no centro, enquanto nas quebradas a arte e a cultura não chegam; eu e meus amigos M.I.A. e Diogo Terra decidimos nos unir para levar essas mensagens e numa linguagem que os nossos entendam. Embora eu resida na Casa Verde, tenho atuado como ativista social em comunidades na Zona Norte, e sabemos o quanto as informações não chegam nesses lugares”, relata a produtora cultural Michelle Serra.
Além da homenagem à cidade, a programação promove o respeito às vítimas do COVID19, assim como de todos os profissionais que estão na linha de frente no combate a pandemia, em especial os de saúde. Com o intuito de evitar aglomerações, a programação foi construída a partir de variadas intervenções pela cidade que desestimulam aglomerações. As projeções em laser do Quebrada Viva serão exibidas nas periferias entre nesta segunda-feira, 25, entre 18h e 23h.
SERVIÇO
Quebrada Viva
Projeções em laser com frases de conscientização ao isolamento e distanciamento social
- Local: Jardim Peri, Damasceno, Paraisópolis e Jardim Colombo
- Data: 25 de Janeiro – Aniversário de São Paulo
- Horário: 18h às 23h
- Itinerário completo:
18h30: Jardim Colombo – Rua das Goaibeiras, 455
20h00: Paraisópolis – Rua Silveira Sampaio 579, esquina com Herbert Spencer
21h30: Jardim Damasceno – Av. Hugo Ítalo Merigo, 1380
22h30: Jardim Peri – Alto Rua Oliveira Martins, 59
- Produção: Supere Cultural e Binário
Sobre Quebrada Viva
Iniciativa criada por articuladores culturais paulistas como forma de conscientizar a população periférica sobre os cuidados com a pandemia e reforçar as medidas de isolamento e distanciamento social. Iniciativa da produtora cultural Michelle Serra, e dos artistas visuais, M.I.A, que é pixador e Diogo Terra, iluminador. No Aniversário de SP o Quebrada Viva levará para as periferias da cidade uma série de projeções em laser com frases de conscientização reforçando a importância de, dentro do possível, mantermos o distanciamento social. A ação acontecerá em periferias da Zona Norte e Zona Sul, sendo nos bairros: Jardim Peri, Damasceno, Paraisópolis e Jardim Colombo. As projeções trarão mensagens que fomentam amor, esperança, cuidado e afeto e que poderá ser acompanhada pela comunidade das janelas de suas casas. O Quebrada Viva é parte da programação cultural especialmente preparada pela Secretaria Municipal de Cultura para o aniversário de São Paulo, que celebra hoje seus 467 anos.
Sobre M.I.A.
O artista plástico paulista João França, mais conhecido como M.I.A (MASSIVE ILEGAL ARTS) vem colorindo e mostrando em suas ações intervenções e performances, o protagonismo de pretos e povos indígenas na arte e na sociedade brasileira. De 1997 a 2005 espalhou a tipografia da pixação por meio de grupos da cena, mas foi com 13 anos que teve seus primeiros contatos com a arte urbana. Suas intervenções fizeram-se presentes no imaginário paulistano de forma impertinente e intensa. Ganhou destaque em 2016, após intervenções no Monumento às Bandeiras e Estátua do Borba Gato. Em 2018 realizou a intervenção ‘OLHAI POR NÓIS’ no Pátio do Colégio, sítio arqueológico de São Paulo, primeiro núcleo de catequização jesuíta no Planalto e marco do genocídio indígena. Sua pesquisa já lhe resultou exposições, colaborações artísticas e convites para palestras, seminários e mesas de debate sobre arte descolonial, contracultura e racismo.