“Safari” é o lançamento do rapper Sotam. Com 24 anos, ele diz: “Gosto de falar de amor, mas chegou a hora de falar do cenário do Rap Nacional.”
Vem cá, você já fez um Safari? Bem, o rapper Sotam fez e nos deu detalhes do que devemos observar, tanto no seu lançamento, bem como nos caminhos que a sua carreira vem abrindo para a sua música.
Com estreia na semana passada, a música “Safari”, veio para mostrar a selva que vive na mente de um rapper que, atualmente, está cada vez mais sendo notado.
Sendo reconhecido por seus Love Songs e ainda mais pelo estilo musical diferenciado, Sotam traz um jeito único para as suas produções e com isso, nos últimos meses, várias parcerias foram surgindo para o seu repertório.
“A música ‘Safari’ foi canetada recentemente. Ela fala muito sobre o meu corre, tá ligado? […] Antigamente, quando eu comecei no rap, falando mais sobre o Love Song, os caras tinham muito preconceito. Falavam, ‘Se eu quero ouvir música de amor, vou ouvir MPB, samba, pagode’ […] E o RnB não era tão forte no Brasil, tanto que ele está chegando forte hoje. Por várias pessoas que estão fazendo a parada acontecer.”
RnB contemporâneo ou R&B: gênero que combina rhythm and blues, soul, funk, pop, hip hop e dance. Também faz uso da caixa de ritmos e, às vezes, de saxofone, dando uma cara de jazz.
MINHA GAVETA PARECE UM SAFARI
Atualmente o mundo do Trap cresceu bastante, nesse meio tempo, um dos grupos que levantaram muito esse gênero do rap foi o grupo Recayd Mod, com o estouro Plaqtudum, hoje, possuem vários sons cantados pelos jovens, e um dos integrantes, recentemente, lançou parceria musical com o Sotam.
“Anos atrás, as pessoas que eu ouvia, são as pessoas que hoje eu tenho música, elas me inspiraram muito. Jé Santiago, os caras da Recayd Mod, Filipe Ret, Flora Matos, Sain, DaLua… São pessoas que eu curtia muito e eles conheceram meu som.”
O rapper também fala dos artistas que sempre admirou, porém, que não são possíveis mais oportunidades de parcerias, como por exemplo: Tim Maia, Chorão e Amy Winehouse.
“Em 2018, lancei meu primeiro Love Song, que, hoje, é o meu som mais forte, a Venus Ivy. Não havia reconhecimento, eu tinha que ficar mandando para quem já estava no hype […] Depois que eu lancei algumas músicas com participações, como o “Songs For Smoke” com o Sain, “Caminho” com o “DaLua” e “Frio Demais” com o Jé Santiago, comecei a ser notado por algumas pessoas que eu tinha pedido ajuda lá atrás para divulgar o meu trampo, tá ligado?”
NO PASSADO, ELES FINGIAM NÃO ME VER
“E ‘Safari’ é sobre isso, uma música que fala das minhas conquistas pessoais, também sobre relação de quem antes não me dava atenção… hoje o cenário mudou. No segundo verso da música, falo do cenário musical, fazendo uma analogia com os animais […]“
“O jogo é uma cadeia alimentar” é só pra avisar que, no mundo da música, não existe o mais forte, você sempre vai precisar do apoio das pessoas.
O mundo da música sempre muda, ao passo que, hoje, com as plataformas streaming, geraram de fato uma maior democratização no acesso a vários estilos musicais e, como resultado, conhecemos diversos artistas que estão iniciando a sua carreira, ainda assim, dentro da globalização das redes, muita arte de primeira fica perdida e sem a explosão que merece, ou seja, além de Sotam, que estava apenas esperando uma oportunidade para ganhar visibilidade, afinal… quem mais estamos perdendo?
“Há cerca de 2, 3 anos, uma das primeiras pessoas, pela qual eu era muito influenciado, a Flora Matos, já curtia meu som e falava que eu tinha futuro.”
TEREMOS SAFARI NOS PALCOS (FUTURAMENTE)?
“Eu nunca fui um MC de show, sempre fui mais “streamado” […] O meu maior show foi no Festival CENA. Fui convidado para cantar em um dos palcos, sem dúvidas foi uma das minhas maiores conquistas. […] Agora com esses lançamentos durante a pandemia, provavelmente, mais caminhos irão se abrir, porque as pessoas estão abraçando a ideia”, conta o rapper.
“Não sei se é uma dadiva ou uma dívida, mas eu levo muito das coisas que acontecem comigo para dentro das minhas letras, e eu gosto muito é de falar sobre amor”
“Eu sempre fui um cara que estava namorando, tenho 24 anos, mas já passei por vários relacionamentos longos.[…] Depois que eu lancei Venus Ivy, mudei bastante a minha técnica de escrever, consigo escrever sobre situações que eu estou de fora, muitas vezes, até o que rola com amigos.”
OBSERVANDO O SAFARI…
Por fim, não vamos esquecer de parabenizar a gravadora KZN Records. O clipe com efeitos e cores chamativas, nos deixa ainda mais admirados com toda a produção envolta da canção que já está sensacional.
A direção ficou por conta de Guilherme Nunes, produção executiva de Gustavo Sabó e efeitos visuais por Vitor Chuo (Xochuo).
Entre as folhas da selva e remando nas rimas, esse clipe, sem dúvidas, será marcante para a carreira do rapper. Na direção de fotografia quem deu as caras foi o Matheus Pio, que também realizou a edição e finalização do clipe — com colaboração do diretor.
Fazendo um “Safari” e, antes de mais nada, observando as músicas e a carreira de Sotam, notamos grandes nomes que estão presentes em cada etapa do seu crescimento, mas o que não muda é uma presença, ELE MESMO. O seu estilo e a vontade que sempre estiveram ali.
De todas as parcerias, de todos os hits e desses “animais” que ele tanto cita em seu novo som, afinal, vale lembrar que quando o assunto é a sua carreira: ELE É O REI DA SUA SELVA.
Confira, “Safari!”: