Qual o espaço que o Rap LGBTQIA+ tem na sua playlist?

Artistas LGBTQIA+ representam, com excelentes composições, o Rap Queer brasileiro, mas e nós… Estamos dando visibilidade para essas questões?

Sempre fazendo barulho e ampliando visibilidade em discussões sociais, o rap, mesmo sendo um gênero musical que nasceu para ser resistência e quebrar preconceitos, também contém alguns padrões a serem modificados.

O rap LGBTQIA+ há pouco tempo nem era falado, mas alguns nomes vieram gritando no microfone e, hoje, os ouvidos mais preconceituosos ou conservadores não conseguem mais fingir que não estão escutando.

No Brasil já são diversas manas, minas, monas e manos que estão conquistando o seu devido espaço, mas temos que abrir o palco e dar mais poder de voz para quem canta sobre os sofrimentos que ainda estão longes de acabar. Precisamos dar voz a quem necessita se expressar, o RAP desde o seu princípio é sobre união e, agora não poderia ser diferente.

Artistas LGBTQIA+ necessitam de mais representatividade em todas as áreas, mas quando o assunto é rap, sabemos que majoritariamente quem ocupa o espaço e possui mais notoriedade no âmbito nacional são rappers cisgêneros e heterossexuais

Se você curte música boa, mais especificamente rap bom… vem com a gente e conheça esses cantores, compositores e rappers brasileiros que estão representando a comunidade LGBTQIA+, lançando músicas de alta qualidade com recados que todos nós estamos precisando ouvir.

Indicaremos apenas alguns nomes, assim vocês já terão um ponta pé inicial para começar a ouvir mais a comunidade como um todo, pesquisando novos artistas relacionados e indicando para os amigos que ainda possuem a mente um pouco fechado. Esta matéria tem o intuito de fortalecer de forma mútua o cenário do Hip Hop brasileiro, ou seja, o rap masculino, feminino e também LGBTQIA+.

Conheça alguns artistas LGBTQIA+

LUCAS BOOMBEAT

RICO DALASAM

GLORIA GROOVE

BIXARTE

DANNA LISBOA

ALICE GUÉL

QUEBRADA QUEER

ISABELA REIS

MONNA BRUTAL

HIRAN

LIN DA QUEBRADA

“Ei, psiu, você aí, macho discreto! Chega mais, cola aqui, vamo bater um papo reto”

Entre versos que falam sobre amor, violência e os que chegam mostrando que o território do rap está dominado, o que fica fora das letras e precisa da nossa atenção é que a pluralidade não pode ser ignorada em nenhum segmento que seja ocupado por pessoas.

Buscar a representatividade e dar a devida importância para ela é fundamental, assim novas ideias e mais informações chegarão, concretizando muito mais rápido na mente de todos nós enquanto público.

Não é só conhecendo os artistas LGBTQIA+ que podemos ajudar no movimento, também é necessário ficarmos atentos nas canções lançadas por nossos rappers queridinhos, às vezes, em meio de rimas, alguns podem soltar uma frase homofóbica e preconceito está longe de ser algo artístico.

Como já dizia Sabotage “Rap É compromisso”, então devemos estar atentos a qual é o compromisso dos artistas que estamos escolhendo para nos representar nos palcos pelo Brasil.

A cada batalha de rima nas periferias, a cada som que ganha notoriedade primeiro nas comunidades e depois chega no Spotify, sabemos que por trás daquela letra há uma história verdadeira. Vamos ouvir mais o que o RAP QUEER está querendo dizer, só assim vamos conseguir melhorar a vida de quem costuma ser calado quando quer falar.

• Ludmilla se torna a primeira mulher negra latina, a atingir a marca de 1 bilhão de streams no Spotify
  
• Nego Max – “O rap antigamente era medido através das ideias, pelo corre na rua” – (Cortes Rap Dab)
  
• “Nem precisou de açúcar” Hot e Oreia + Black Alien em “Papaia”