Draw & Brown: ‘eu não era único, mas era invisível, igual milhões’ – Mano Brown

"a gente não tinha nem sonho doutor, tinha momentos da vida que não dava nem para sonhar." - indagou Mano Brown em LIVE com Draúzio.

Apesar da notícia triste que a tão aguardada live do Racionais Mc’s não irá acontecer, Mano Brown o principal nome da construção do cenário brasileiro, cria do Capão Redondo/SP, trocou uma ideia sensacional com o doutor Drauzio Varella.

Refletindo sobre o seu começo no RAP, Mano Brown falou sobre os motivos que o levaram a migrar e se dedicar ao movimento.

“O que me levou a essa cultura foi a fome, eu não tinha nada. Então já vinha daquela vida de sobrevivência; foi no momento que eu tinha quase desistido de tudo, foi quando entrou o RAP na minha vida. Eu acho que quando entrou o Hip Hop apareceu, de fato começou a minha vida, eu renasci, então foi como milagre.”

“Então eu comecei a pregar isso como se fosse um milagre que aconteceu comigo, porque eu sei exatamente; – a gente sabe o que a gente né doutor, da onde que eu vim, o tamanho que o mundo era perto de mim.
É piada, eu não era único, mas era invisível, igual milhões. Então do invisível, veio a primeira letra.”

Declarando que suas primeiras linhas foram escritas para um concurso que não conseguiu participar, já no segundo que também não colou, indagou que: “não tinha roupa adequada e estava desempregado, o concurso passou batido, mas o rap também não era aquelas grande coisa”. Eu vejo a mulekada de hoje que já começa bom demais, na minha época era impossível, a gente não tinha nada na cabeça doutor, nada, nada… a gente não tinha nem sonho doutor, tinha momentos da vida que não dava nem para sonhar.”

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