Batalha da Aldeia ultrapassa marca de 3 milhões de inscritos no Youtube
Fundada no ano de 2016 no município de Barueri, na grande São Paulo, a Batalha da Aldeia surgiu da necessidade de se agregar jovens e fomentar o movimento cultural na cidade
O movimento cultural Batalha da Aldeia ultrapassou, na última segunda-feira, dia 8, a expressiva marca de 3 milhões de inscritos no Youtube, se isolando cada vez mais como o maior canal de batalhas de rimas em língua portuguesa do mundo.
Vale destacar que no início da quarentena de combate à propagação do novo coronavírus o canal estava com 2,6 milhões de inscritos, ou seja, teve um ganho de quase meio milhão em meio à pandemia. Ao todo, o canal ultrapassa meio bilhão de visualizações.
Bob 13, um dos manos que se dedicou e que fez o corre das batalhas dar certo relembrou as dificuldades, mas também entende que ainda tem muita coisa a ser feita.
“Passa um filme em minha mente ao lembrar de todas dificuldades que passamos para chegar até aqui. A sensação é de que tudo está apenas começando e que temos uma missão muito importante para ser cumprida neste plano. Deus permitiu que pudéssemos crescer e transformar vidas com esse movimento. Ainda sou o mesmo menino sonhador que deseja ajudar as outras pessoas e serem valorizadas como integrante dessa cultura”, vibrou Bob 13.
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Fundação da Batalha da Aldeia
Fundada no ano de 2016 no município de Barueri, na grande São Paulo, a Batalha da Aldeia surgiu da necessidade de se agregar jovens e fomentar o movimento cultural na cidade. No início era uma simples roda de rimas semanal, que reunia poucas pessoas numa praça pública nas noites de terça-feira para os combates de improvisação, sem nenhuma grande ambição.
“Vim de uma cidade do interior de São Paulo, chamada Tupã, bastante distante da capital e onde as condições de evolução dentro do rap eram, e ainda são, bem precárias. Tive dificuldades em me adaptar em uma cidade maior, demorei a fazer amigos e cheguei a flertar com a depressão. Foi aí que meu cunhado me apresentou ao Giovani. Como não havia nenhum movimento cultural na cidade e eu já tinha uma carreira de MC, decidimos criar as rodas de rima numa praça no bairro da Aldeia. O resto é história”, recordou Bob, que abandonou a carreira de funcionário concursado dos Correios para se dedicar ao inteiramente ao rap.
Quando nasceu a BDA?
O canal Batalha da Aldeia nasceu na 4ª edição, com a chegada de Lucas Matheus, mais conhecido como Lucão, e sua câmera GoPro, que passou a registrar as batalhas e expô-las na internet. De lá para cá, a estrutura aumentou e, além do Youtube, a BDA também nasceu e cresceu na Twitch, plataforma na qual também é atualmente o canal de batalhas de rimas com mais inscritos nos países de língua portuguesa.
“Eu já tinha ido nas batalhas do Santa Cruz e da Leste, ambas na capital, e quando vi a Batalha da Aldeia começar bem próximo a mim, fiquei impressionado; entrei em contato com o Bob e passei a colaborar. A repercussão, mesmo com poucas visualizações no começo, foi bastante positiva e nos motivou a seguir. Foi algo mágico. Depois vieram Coelho e Colosso com câmeras mais avançadas, passamos a caprichar mais nas edições, gravar clipes e nos tornamos o que somos hoje”, relembrou Lucão.
Em 2019…
Em 2019 a Batalha da Aldeia se apresentou nos intervalos de algumas edições do Future MMA, principal evento da modalidade no Brasil. A união deu tão certo que o CEO da organização de lutas se tornou sócio da BDA. Nascido no subúrbio do Rio de Janeiro e radicado em Los Angeles, Jorge Oliveira trouxe sua expertise de bastidores da cena de rap nos EUA e a inseriu no movimento de Barueri.
“Meu primeiro trabalho com o rap foi durante o festival AC3, na Geórgia, em 2015. Trabalhei durante 7 anos no departamento de desenvolvimento de negócios da empresa de tecnologia London Trust Media. Eu era responsável pelas produções dos shows promocionais, quase sempre ligados ao rap. Em meados de 2019 conheci a Batalha da Aldeia, vi o potencial deles e me ofereci para contribuir tanto com a minha experiência na música quanto na tecnologia. Hoje sou um integrante orgulhoso da família BDA”, destacou Oliveira.
Reinvenção em meio à pandemia
Nem mesmo a pandemia do novo coronavírus, que trouxe a impossibilidade de promover as aglomerações tradicionais nas batalhas presenciais, foi capaz de paralisar a Batalha da Aldeia. Entendendo a necessidade de se reinventar, a organização passou a promover batalhas remotas, via Discord, com nomes já consagrados da cena.
E foi além: criou o BDA Digital, um programa ao vivo com disputas entre MCs amadores, dando vitrine para potenciais artistas das mais variadas cidades do Brasil.
“Quando a pandemia impediu nossas ações culturais nas ruas confesso que bateu um desespero; mas graças ao avanço da tecnologia e da internet pudemos continuar esse trabalho a distância. Através dessa adversidade criamos a BDA Digital, competição de âmbito nacional que dá voz a artistas desconhecidos e revela novos talentos todas as semanas. E o que era apenas um improviso tornou-se um dos nossos principais produtos”, orgulha-se Bob 13.